Dias intensos às vezes pedem a checagem de textos internos e não comportam tanta criação externa, e entendido isso, uma grande revisão se fez (faz) necessária por aqui.
Duas semanas atrás, queria publicar algo sobre um assunto que eu nem sabia, mas pedia de minha parte mais divã e elaboração, e isso demandou a abertura de um arquivo antigo, cheio de poeira, muito profundo, o que fez com que eu não conseguisse trazer mais nada pra fora, pelo menos não até olhar gentilmente pra esse lugar e limpá-lo com cuidado 🧹. Dessa vez, resolvi acatar a tarefa, entendendo também a demanda por um certo tipo de silêncio em sua realização.
Talvez no próximo domingo venha mais texto e a publicação volte para um eixo, até porque assunto não falta, mas, veremos como externo e interno caminham a partir de agora, já que comunicar nossas ideias às vezes parece mais difícil do que chegar intimamente ao que queremos. Boa o suficiente, né? Lembrete para mim mesma.
Um lado legal disso tudo é que surge a possibilidade de uma edição assim, mais solta, só para pequenos informes, algumas indicações mais ligeiras, um olá e um até breve.
Fun fact: enquanto escrevia aqui, recebi um e-mail de uma rede social que esqueci de desativar - agora lembrei 💁♀️- falando sobre… revisão de texto.
📚 Ler
Pensando ultimamente na importância de conversas mais abertas e honestas, lembrei de uns anos atrás ter ficado boquiaberta com um livro que se tornou um dos meus favoritos: Tudo o que Nunca Contei, da Celeste Ng (autora do também ótimo Pequenos incêndios por toda parte), que expõe o drama resultante de um amontoado de coisas caladas por gerações de uma mesma família.
Na última semana também li o polêmico Três Mulheres, da Lisa Taddeo, uma jornalista que acompanhou, por 8 anos, episódios tristes e incômodos da trajetória sexual/amorosa de, bem, três mulheres: Maggie, Lina e Sloane. Às vezes há um nível de detalhamento na narrativa que parece gratuito, mas no geral, ao terminar, o retrato faz mais sentido, e se gera desconforto é porque certamente reflete questões inerentes ao feminino.
E teve Patti Smith.
🎬 Assistir
Ando um pouco meh neste departamento, mas teve um filme que, mesmo após dias, não consigo esquecer e nem dizer ao certo o que ele provocou por aqui: Happy-Go-Lucky. Se alguém já assistiu e quiser conversar sobre…
Depois de Pessoas Normais (que também é um livro lindo), o que Daisy Edgar-Jones fizer, é bem possível que eu vá me interessar, e assim, logo que soube do lançamento de Fresh, o assisti. Esse é um filme que talvez seja mais interessante de ver se você, de antemão, não tiver muita noção do que se trata, mas para não dizer que não avisei: recomendo para quem tem estômago tolerante e aprecia filmes de terror com boa dose de humor ácido.
🎧 Ouvir
Me sinto atrasadíssima ao falar disso, mas se você, como eu, esqueceu, ou se enrolou, ou simplesmente não conhece o Não Inviabilize, faça um favor para si e escute, no mínimo, este episódio - com uma caixa de lenço ao lado se você for uma pessoa emocionada:
#sorte
Tem músicas que me recordam, às vezes sem muita explicação, momentos muito específicos. Com esta, lembrei de café, suco de laranja, uma mesa ao ar livre, o ar da manhã, pessoas se movimentando aos poucos pela região. Enquanto eu olhava para uma igreja bem a minha frente, tentava narrar para uma grande amiga uma experiência que parecia um sonho, de tão etérea, e por outro lado muito real, tamanha a impressão que deixou no meu corpo. 🧭
🖐 Fico por aqui,
Continue voltando e chamando mais gente pra cá!
Até a próxima,
Carol.